Crise! Que Crise?? Depende do ponto de vista

Crise! Que Crise?? Depende do ponto de vista!

O que mais ouvimos falar nos últimos 3 ou 4 meses foi a respeito da Crise Financeira que afeta o mundo todo. A cada dia somos bombardeados pela mídia com notícias ruins a respeito da crise, previsões catastróficas de “especialistas” (queria saber de onde surge tanto especialista nestas horas!), notícias de desaceleração de economias, diminuição da produção industrial e demissões em massa.

Mas será que nós realmente paramos para refletir sobre essa enxurrada de informações que nos chegam diariamente? Ou apenas vamos engolindo tudo o que os “especialistas” dizem e a mídia nos vende?

De uma coisa eu tenho plena certeza, notícia boa não dá IBOPE! Já notícia ruim, por sua vez… bem você entendeu!

O ponto que eu quero chegar é que, embora esse seja um momento de pouca abastança no mercado mundial, a crise tem sido uma espécie de terrorismo lucrativo. Isso mesmo, terrorismo. Seguem-se dias a fio notícias ruins e de maus indicadores econômicos, o que acaba gerando insegurança na população em geral e no pequeno investidor que vez por outra se aventura na Bolsa de Valores e no mercado de ações. Isso gera automaticamente queda no preço das ações. E essa queda é aproveitada por espertalhões.

Você pode se perguntar, mas ações não oscilam sempre entre altas e baixas?
Respondo eu, claro que sim, e isso é normal do mercado. O que eu quero dizer é que, sem sombra de dúvidas, os grandes investidores, os magnatas, os políticos e os especuladores (que ganham dinheiro sem produzir absolutamente nada) já sabiam de antemão sobre a quebra dos bancos americanos e resultado disso tudo.

Trocando em miúdos, sabiam da iminência da crise, venderam suas ações na alta e, agora, criam um cenário de terror para que os preços caiam ao nível mais baixo possível, para comprar novamente as mesmas ações a preço de banana.

A crise americana era previsível, era apenas questão de tempo, só não enxergou isso quem não quis.
O cenário já se montava desde 2001: O mercado imobiliário americano passou por uma fase de expansão acelerada logo depois da crise das empresas "ponto com", em 2001. Os juros do Federal Reserve (Fed, o BC americano) vieram caindo para que a economia se recuperasse, e o setor imobiliário se aproveitou desse momento de juros baixos. A demanda por imóveis cresceu, devido às taxas baixas de juros nos financiamentos imobiliários e nas hipotecas. Em 2003, por exemplo, os juros do Fed chegaram a cair para 1% ao ano.
Em 2005, o "boom" no mercado imobiliário já estava avançado; comprar uma casa (ou mais de uma) tornou-se um bom negócio, na expectativa de que a valorização dos imóveis fizesse da nova compra um investimento. Também cresceu a procura por novas hipotecas, a fim de usar o dinheiro do financiamento para quitar dívidas e, também, gastar mais (consumismo desenfreado).
As empresas financeiras especializadas no mercado imobiliário, para aproveitar o bom momento do mercado, passaram a atender o segmento "subprime". O cliente "subprime" é um cliente de renda muito baixa, por vezes com histórico de inadimplência e com dificuldade de comprovar renda. Esse empréstimo tem, assim, uma qualidade mais baixa --ou seja, cujo risco de não ser pago é maior, mas oferece uma taxa de retorno mais alta, a fim de compensar esse risco.
Após atingir um pico em 2006, os preços dos imóveis, no entanto, passaram a cair: os juros do Fed, que vinham subindo desde 2004, encareceram o crédito e afastaram compradores; com isso, a oferta começa a superar a demanda e desde então o que se viu foi uma espiral descendente no valor dos imóveis.
Com os juros altos, o que se temia veio a acontecer: a inadimplência aumentou e o temor de novos calotes fez o crédito sofrer uma desaceleração expressiva no país como um todo, desaquecendo a maior economia do planeta --com menos liquidez (dinheiro disponível), menos se compra, menos as empresas lucram e menos pessoas são contratadas.
*


Traduzindo, o povo americano hipotecou até a própria mãe para poder saciar o seu frenético consumismo, hipotecas essas que eram muitas vezes refeitas e que comprometiam 40%, 50% da renda mensal. Resultado, a maioria dos americanos não conseguiu quitar suas dívidas, deram um belo calote nos bancos e os bancos quebraram. É uma matemática bem simples.

É claro que em tempos de globalização não podemos ignorar o que acontece nos outros paises e tratar cada caso como um fato isolado. Inevitavelmente acaba refletindo em nós e em nosso cotidiano.

Era sabido que aquele consumo alucinante que estava ocorrendo até meados de 2008 uma hora iria acabar, afinal nem todo dia é dia de festa. Financiamentos super facilitados, juros baixos, compras sem entrada. Compre hoje e só comece a pagar em 60 dias!! Pura ilusão.

O que não podemos agora é ficar aterrorizados, chorando e dizendo: “socorro, alguém faça alguma coisa!!… Obama nos salve!”.
A crise nem sempre é má, e ela pode gerar pelo menos dois resultados distintos: Crescimento para aqueles que não se deixam abater e com ousadia aproveitam as oportunidades que a crise cria, ou Bancarrota e mediocridade para os medrosos que ficam a repetir como papagaios os noticiários econômicos e se acovardam ao invés de agir.

Acho que você, caro leitor, já entendeu onde quero chegar. Se não entendeu te dou uma força.
Trabalhe, arregace as mangas, lute pelas oportunidades. Se você por ventura perdeu o emprego, não fique apenas se lamentado e enviando currículos sem fim. Aja! Tome uma atitude. Não espere que algo caia do céu. Tão pouco espere algo do governo. Use a criatividade que Deus te deu. Venda alguma coisa, ofereça um serviço que você saiba fazer, dê aulas, enfim, se vire!

Entenda que o emprego formal com carteira assinada e benefícios mil está se tornando coisa do passado. Estamos na era da prestação de serviços, terceirização e “venda de conhecimento”. Abra uma empresa se possível, ou monte um home-office, mas faça algo.

Por fim, quero dizer que só morre por causa da crise aqueles que não confiam em Deus, pois para quem está em Cristo, crise é oportunidade de crescimento, seja pessoal, profissional ou espiritual.

Tão-somente esforça-te e tem mui bom ânimo – Josué 1.7a
* Fonte: Folha Online

Quem sou eu

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Cristão Protestante. Graduado em Tecnologia em Processamento de Dados pela FATEC (Unesp). Hoje trabalho como consultor em negócios imobiliários. Pós-graduado em Especialização em Estudos Teológicos, pela Mackenzie (CPAJ). Falo Inglês muito bem e espanhol porcamente. Sou muito bem casado e tenho dois filhos maravilhosos.

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