ONDAS DE PROTESTO:
SOU PROTESTANTE!
“...se eles se
calarem, as pedras clamarão” (Lucas 19.40)
Por Rev. Silas de Oliveira
O mundo todo tem acompanhado os últimos acontecimentos vividos pelo nosso país, que marcaram ondas de protesto por todos os lados. Baseados, primeiramente, na luta pelo transporte mais barato ou até mesmo gratuito, seguido de reivindicações sobre educação, saúde, etc., multidões saíram às ruas. Um grito de protesto sobre justiça social, honestidade, paz e tanto outros assuntos, marcaram a nossa semana. Independente de julgar o certo ou errado, o justo e o injusto presenciamos uma indignação geral, diante de uma infelicidade pública. Protestar é um direito de todo o cidadão que vive em uma sociedade democrática. Fazendo uma pequena comparação entre os protestos do nosso país e o título que recebemos há quase quinhentos anos, quando da Reforma Protestante, somos conduzidos a pensar que:
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b. Lutaram, visando uma volta à Bíblia, sob os valores do Reino de Deus;
c. Tais valores estavam baseados na justiça social, no amor ao próximo e no partilhar do pão entre todos os que se curvam diante da autoridade divina;
d. É preciso protestar com conteúdo, ou seja, com uma pauta de reivindicações que ofereça oportunidade de mudança tanto no ser humano, quanto na sociedade;
e. Que o cristão
não pode se omitir a ser voz profética, escondendo-se atrás do
voto, apenas como uma forma de transferir responsabilidade.
Jesus protestou contra
a situação da cidade de Jerusalém! Denunciou a corrupção tanto
política quanto religiosa, demonstrando sua tristeza com lágrimas,
diante de um povo distante do Criador. O Mestre alertou para a
situação pecadora da cidade, profetizando seu fim ( Lucas 19.41-44
).
Desde a Reforma somos
intitulados de PROTESTANTES. Perguntas precisam ser feitas diante do
atual momento em que atravessamos como nação. Respostas precisam ser
buscadas. Quais são os nossos protestos? Será que muitas vezes,
como cristãos, não protestamos contra questões tão pequenas da
nossa vida, seja na Igreja ou fora dela, deixando de olhar para a
grandeza das necessidades sociais? Será que não protestamos contra
a nossa forma de culto, nossos cânticos, ou o olhar indiferente do
próximo e deixamos de olhar para o coração do outro, buscando
socorrê-lo em suas necessidades? Será que o nosso comportamento
como cidadãos da terra, dá-nos condições de sermos cidadãos do
céu?
Sejamos protestantes
baseados sempre na autoridade da Palavra de Deus!