Por Paulo Dib
-->
Inquietação,
sentimento de um vazio no peito, tristeza, apatia, hedonismo
desenfreado, incompletude, essas são as facetas do homem moderno. No
entanto, essas misérias da alma humana não são nada novas,
remontam desde os primórdios da humanidade, embora sejam agravadas
pelo estilo de vida dito "moderno".
Se nossa
mente viajar até um remoto passado, com certeza lá haverá homens
buscando um sentido para a vida. Grupos nômades, sociedades
patriarcais, primeiras cidades-estado, as ágoras gregas e seus
filósofos, Roma antiga, feudos medievais, reinos pós iluminismo,
não importa, em todas as eras da história o homem sempre esteve
perdido em busca de um significado maior para a sua curta existência.
Há quem
diga que simplesmente não há sentido algum para a vida,
simplesmente vive-se e ponto final, como afirmam os ateus e céticos
de plantão.
Outros
buscam esse sentido desesperadamente, anseiam por preencher esse
vazio, essa falta de completude tresloucadamente. Tentam de todas as
formas, seja com o sexo, com as bebidas, noitadas, trabalho,
dinheiro, bens, fama, meditação ou até mesmo na busca por
experiências transcendentais. E para desespero do homem, em nenhuma
dessas coisas há o alívio para a sua angústia, não há sentidos
ulteriores, são apenas fins em si mesmos.
Na
verdade, não é que não haja um sentido para a vida, porque há! A
questão é que o homem perdeu o sentido para a vida, e não que o
mesmo não exista. E no fundo, mesmo que de uma forma pouco nítida,
todos sabem disso.
Como
diria C.S. Lewis, a humanidade sente saudades de um lugar que não se
sabe bem onde é. De um lugar onde tudo faz sentido, onde tudo é
perfeito, onde não há vazios.
O fato é
que o homem, perdeu o sentido, E nenhum outro ser no universo está
fora de centro, está em crise existencial, além do homem. Os
animais sabem o seu papel a cumprir, as plantas possuem dentro de si
uma ordem para crescer e frutificar, os rios seguem o seu curso, as
marés sobem e descem, o planeta segue sua órbita, mas o homem não
sabe o seu papel dentro do cosmos.
O que
causou tudo isso? A resposta é simples e ao mesmo tempo aterradora,
o PECADO. O homem, ao desobedecer aos decretos de Deus, tornou-se
injusto, ficou fora de seu lugar. (Gn 3. 6-20)
Em
hebraico justiça vem da palavra tsedek,
que significa “estar no lugar correto”. Ao se tornar injusto o
homem saiu do lugar em que deveria estar, e passou a enxergar a Deus,
a si mesmo e a criação ao redor de uma maneira deturpada, e sua
relação com o Criador e com a criação ficou distorcida. O homem
ficou sem norte, sem rumo.
E agora
José? Não há mais solução? Não há mais sentido para a vida?
Claro que
há! A solução é sermos justos novamente.
Como isso
é possível? Através Daquele que dá sentido à vida e é o único
que pode nos justificar e nos reconciliar com Deus. Cristo! (Cl
1.13-14, 20 / At 4.12 / Rm 3.24).
Cristo é
o sentido!