O Primeiro Amor

Por Paulo Dib

O Primeiro Amor.... ah, o Primeiro Amor! Que delícia!

Não, querido leitor, não estou me referindo à minha primeira paixão pueril. Àquela pela qual todo adolescente passa cedo ou tarde.
Me refiro ao primeiro amor de quando nos encontramos verdadeiramente com Deus. De o quanto ficamos "enamorados" com o nosso noivo, Jesus. Da alegria eletrizante e contagiante de quando somos batizados pelo Espírto Santo.

Tal qual a paixão juvenil, penso eu que essa experiência do Primeiro Amor deveria ser algo "obrigatório", algo que todos deveriam passar naturalmente. Pense como seria o mundo se todas as pessoas, ao menos uma vez na vida, tivessem a impactante experiência do Primeiro amor! Seria um lugar bem melhor, tenho certeza.

O que me inspirou nesta manhã de domingo a falar sobre essa temática foi o contato com um cliente recém saído dos enganos da Maçonaria e recém enamorado por Jesus. É tão nítido ver o brilho em seu olhar e as transformações que Jesus e seu amor já operaram na vida deste homem, que o meu coração se alegrou e mais uma vez se encheu de esperança.

É bonito e ao mesmo tempo um pouco engraçado ver uma pessoa em seu primeiríssimo amor com Deus. Ela só fala de Deus e de Sua Palavra, só conta bênçãos, quer orar a todo tempo, participa de qualquer programação na Igreja (não é difícil você encontrar um jovem rapaz em meio a uma reunião para a terceira idade).

O triste é que após um ou dois anos desse encontro impactante o amor de muitos começa a esfriar. A alegria já não é mais a mesma, a motivação e o entusiasmo já não são os mesmos, a "novidade acabou", por assim dizer. As pessoas acabam por se acostumar com o amor de Deus, com a presença de Deus, com a sistemática dos cultos, com a liturgia da igreja onde ela está inserida, com as bênçãos e tudo passa a ser "comum".
Começa a surgir em alguns o ativismo religioso, se preocupando apenas em fazer, em realizar obras. Em outros começa a despontar um espírito crítico do tipo: "seria melhor se o pastor fizesse assim, e não assado", "o culto demora muito a acabar", "não vou ao culto hoje... está muito quente e a igreja não tem ar condicionado", "não estou com vontade de orar hoje", e por aí vai.

Penso eu ser esta fase algo normal e inevitável. Tal qual em um casamento, após a lua-de-mel, o dia-a-dia passa a não ter o brilho tão intenso de outrora. Porém, como em um casamento, nós devemos sempre buscar renovar o nosso amor e ter outras luas-de-mel, o mesmo deve se dar com nossa vida espiritual.
Temos de nos reciclar, buscar renovo em Deus, de tempos em tempos pararmos para refletir a respeito de nossa conduta em relação a Deus. Se nessa análise, com o auxílio do Espírito Santo, encontrarmos ativismo religioso, espírito crítico, frieza, apatia e conformismo, é hora de revermos nossos conceitos. É hora de parar e mudar, mesmo que para isso seja necessário abrir mão de algum cargo ministerial e/ou tirarmos uma licença deste cargo para colocar as coisas em ordem.

Da mesma forma que a rotina acaba com um casamento, o nosso relacionamento com Deus não é diferente. Se prosseguirmos na mesmice, nós impedimos Deus de nos mostrar o novo, pelo fato de simplesmente querermos "o de sempre", pelo fato de muitas vezes estarmos cômodos onde nos encontramos.

Pense nisso! Renove o seu amor! Saia para uma segunda lua-de-mel com o Amado da sua alma.

6 comentários:

Juliano Alcântara 8 de fevereiro de 2010 às 02:54  

Sabe Paulo, tenho saudades do primeiríssimo amor. Não que seja impossível renovar o nosso amor, como vc enfatiza, mas os primeiros momentos com o amado são inesquecíveis.

Pedro Nacciolli 9 de fevereiro de 2010 às 04:07  

Tento firmemente todos os dias não deixar o amor esmorecer. Não é fácil! É mesmo semelhante a um casamento, a única diferença é que o amor Dele nunca esfria.

Albuquerque e Cia 9 de fevereiro de 2010 às 04:32  

É uma pena que amor se esfrie por ativismo ou pela mesmice.
Devemos nos lembrar que, acima de tudo, o amor é uma decisão, e temos que decidir por manter esse amor custe o que custar.

Silvana Kranner 24 de fevereiro de 2010 às 12:29  

Amei sua postagem Paulo.....
Penso da mesma forma

PIBJD Monte Alto 22 de novembro de 2012 às 08:26  

Querido irmão em Cristo Paulo, acabei de encontrar seu blog navegando pela net e estou encantada o qto Deus tem falado através da sua vida. Deus os abençoe muito a vc e aos seu amados " Família" . Diante mão quero lhe dizer que estou compartilhando os texto que tenho lido em meu face pois coisas boas que edificam as pessoas ao meu ver precisam ser compartilhadas então tomei essa liberdade se assim me pertimi e deixo bem claro que a fonte é de Paulo Dib.
Deus o abençoe e continue a usa-lo muito para ser canal de benção na vida das pessoas.
Fique na paz de Jesus *-* By Sandra Vieira

Paulo Dib 22 de novembro de 2012 às 10:05  

Sandra, fico feliz que os simples textos escritos por mim foram de utilidade para vc.

Esse ano tenho estado um pouco relapso em relação ao Blog, mas estou me esforçando para me organizar e voltar a escrever tão logo qto possível.

Fique à vontade para compartilhar os textos. Citando a fonte, não há problema algum! Muito pelo contrário, afinal, os objetivos deste blog são glorificar a Deus e servir de instrumento de edificação para a Igreja.

Abraços!

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Cristão Protestante. Graduado em Tecnologia em Processamento de Dados pela FATEC (Unesp). Hoje trabalho como consultor em negócios imobiliários. Pós-graduado em Especialização em Estudos Teológicos, pela Mackenzie (CPAJ). Falo Inglês muito bem e espanhol porcamente. Sou muito bem casado e tenho dois filhos maravilhosos.

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