Eu não comemoro o Dia dos namorados, mas comemoro minha namorada!

Por Paulo Dib

Eu NÃO comemoro o dia dos namorados, e ponto final.

E não pense você, caro leitor, que eu não seja romântico ou que eu não expresse de forma romântica o meu amor. Muito pelo contrário. Porém eu não comemoro o dia dos namorados, principalmente por aquilo que ele representa e da forma como ele é vendido.

Nos moldes atuais é mais uma data comercial como o Natal, a Páscoa ou o dia das mães. Felizmente não tão travestida de Comemoração Cristã como as celebrações atuais do Natal e da Páscoa, mas ainda sim com um pseudo fundo “Cristão” (e bota aspas nisto!).

Para quem não sabe o Dia dos namorados ou Valentine's Day surgiu a partir da comemoração feita a um “santo” católico:
A história do Dia de São Valentim remonta a um obscuro dia de jejum já tido em homenagem a São Valentim. A associação com o amor romântico chega depois do final da Idade Média, durante o qual o conceito de amor romântico foi formulado.
O bispo Valentim lutou contra as ordens do imperador Cláudio II, que havia proibido o casamento durante as guerras acreditando que os solteiros eram melhores combatentes.
Além de continuar celebrando casamentos, ele se casou secretamente, apesar da proibição do imperador. A prática foi descoberta e Valentim foi preso e condenado à morte. Enquanto estava preso, muitos jovens davam flores e bilhetes dizendo que os jovens ainda acreditavam no amor. Diz a lenda que, enquanto aguardava na prisão o cumprimento da sua sentença, ele se apaixonou pela filha cega de um carcereiro e, milagrosamente, devolveu-lhe a visão. Antes de partir, Valentim escreveu uma mensagem de adeus para ela, na qual assinava como “Seu Namorado” ou “De seu Valentim”.
Considerado mártir pela Igreja Católica, a data de sua morte - 14 de fevereiro - também marca a véspera de lupercais, festas anuais celebradas na Roma antiga em honra de Juno (deusa da mulher e do matrimônio) e de Pan (deus da natureza). Um dos rituais desse festival era a passeata da fertilidade, em que os sacerdotes caminhavam pela cidade batendo em todas as mulheres com correias de couro de cabra para assegurar a fecundidade.

Que ótimo, não? A comemoração surgiu a partir de um “santo” que se casou, foi preso por isso e dentro da prisão se apaixonou por outra mulher! Que linda história de amor! Que princípios cristãos de amor e fidelidade ao matrimônio! E para completar o dia original de celebração marca as vésperas de uma festa pagã da Roma Antiga.
Esse é então o primeiro motivo pelo qual eu não comemoro o Dia dos Namorados, ou seja, a origem totalmente pagã de tal celebração.

O segundo motivo é todo o apelo comercial inerente à data. Os únicos interesses expressos neste dia são os de vender presentes e cartões, e o de “conquistar o coração da pessoa amada” através de presentes (de preferência bem caros).

Que amor mais materialista! Busca-se conquistar o coração do(a) pretendente através de uma barganha. Por meio de uma permuta vil: “Eu te dou um presente caro e em troca você me ama”.

O pior é que a imensa maioria aceita esse tipo de permuta! É claro que amor neste caso é apenas o Eros (com apelo unicamente erótico), e muitas vezes nem amor Eros, mas simples “paixão ardente”, ou desejo de não ficar sozinho, ou ainda busca por sexo somente.

Eu não vejo isso como expressão de amor (verdadeiro) ou romantismo. Que me desculpem os que não pensam assim! Para mim não passa de uma comemoração vazia, materialista, sem expressão de amor verdadeiro, e que ainda por cima causa angústia e depressão em pessoas que estejam solteiras.

Antes que você me pergunte se eu sou contra o amor Eros ou se não demonstro meu amor e afetividade, se eu sou frio, de antemão já respondo: NÃO!

Não se esqueça do título deste post: Eu não comemoro o Dia dos namorados, mas comemoro minha namorada!

Eu comemoro o presente que é ter minha namorada (minha esposa) ao meu lado todos os dias. Sou grato a Deus por poder dormir e acordar todos os dias ao lado da minha amada namorada, que embora seja minha esposa, ainda sim é minha namorada, sempre.

Dou beijos, faço carícias, afagos, dou presentes fora de datas e sem motivo nenhum. Confidencio os mais profundos segredos. Dou abraços apertado. Desfruto sua companhia.

Eu comemoro minha namorada e o faço com minha namorada! Sempre que posso. Não preciso de uma data específica para fazer isso. Apenas faço, com liberdade e amor, sem necessidade de trocas materiais.

2 comentários:

João Bean 14 de junho de 2010 às 04:59  

Paulão, estou de pleno acordo!! Vc só esqueceu de uma coisa, no Brasil a data é diferenciada por dois motivos: 1- para não coincidir com o caranval; 2- Pq dia 13 é vespera do dia do "Antonio", que dizem ser casamenteiro.
Quanto boboseira, não?!?!?!

Patrícia Almeida 15 de junho de 2010 às 07:29  

Amor mesmo, necas.....
As pessoas só querem mesmo relações superficiais e materialistas.

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Cristão Protestante. Graduado em Tecnologia em Processamento de Dados pela FATEC (Unesp). Hoje trabalho como consultor em negócios imobiliários. Pós-graduado em Especialização em Estudos Teológicos, pela Mackenzie (CPAJ). Falo Inglês muito bem e espanhol porcamente. Sou muito bem casado e tenho dois filhos maravilhosos.

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